segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Instituto Viver é alvo de denúncia por suspeita de desvios e caixa dois no Maranhão

 

Arquivo: O Instituto Viver, alvo de denúncia, operou em Poção de Pedras nas gestões ligadas ao ex-prefeito Cascaria. 

O Instituto Viver, entidade sediada em São Luís, passou a ser alvo de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO/MA) após denúncia apresentada pelo radialista Thiago Barros de Andrade. O documento, protocolado em 8 de agosto de 2025, levanta indícios de possíveis irregularidades envolvendo contratos públicos em diversos municípios maranhenses.

Segundo a denúncia, o Instituto firmou contratos com prefeituras por meio da adesão a atas de registro de preços, prática que já foi alvo de críticas do Tribunal de Contas do Estado. Um dos exemplos citados é o do município de Paraibano, onde a entidade teria sido contratada para fornecer médicos e enfermeiros. No entanto, moradores relatam que os atendimentos continuariam sendo feitos por unidades de São João dos Patos, sem registro da presença de profissionais vinculados ao Instituto.

A denúncia menciona ainda que registros da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) não indicariam vínculos formais de trabalho em nome da entidade, o que levantaria dúvidas sobre a execução dos contratos. Entre 2020 e 2024, período que inclui anos eleitorais, os valores contratados teriam dobrado, ultrapassando R$ 400 milhões — cifra considerada elevada diante da estrutura formal do Instituto.

O documento também aponta que, entre julho e outubro, durante campanhas eleitorais, houve intensificação nos pagamentos com recursos dos fundos municipais de Saúde, Educação e do Fundeb 60%. Para o denunciante, esse padrão poderia sugerir uso irregular de verbas públicas.

Na representação, Thiago Barros solicita ao Ministério Público medidas como suspensão de contratos, requisição ao Coaf de relatórios financeiros, busca e apreensão de documentos e até prisões preventivas para preservar eventuais provas.

A denúncia cita contratos em municípios como São João dos Patos, Paraibano, Esperantinópolis, Santa Helena, Poção de Pedras, Guimarães e Vitorino Freire. Caso os indícios sejam confirmados, o caso poderá ensejar novas análises sobre possíveis crimes como organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral.

Fonte: Blog Marrapá


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