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Agentes da PF em cumprimento de buscas e apreensões. (Reprodução) |
A Polícia Federal, deflagrou, na manhã desta quinta-feira
(12/12), nas cidades de NOVA OLINDA DO MARANHÃO, CANTANHEDE e SÃO LUIS–MA, a
Operação Cangaço Eleitoral, com a finalidade de desarticular esquema criminoso
de corrupção eleitoral através de aliciamento de eleitores e posterior compra
de votos, seguido de atos de ameaça e intimidação com cobrança de valores e
apoio político em favor de candidato a prefeito indicado pelo esquema.
Várias pessoas afirmaram que foram abordadas por membros do
esquema delitivo para aceitarem aoferta de valores, seja em dinheiro ou
materiais de construção, mas passaram a ser alvo de ameaças e represálias do
grupo, inclusive com uso de armas de fogo, por terem mudado de opinião política
ou afirmado que não mais votariam no candidato a prefeito indicado.
Outros noticiantes afirmaram que foram vítimas de
intimidação e ameaça praticadas por pessoas armadas ligadas ao grupo
investigado, ocasião em que foram obrigadas a retirar objetos de propaganda
política de candidato adversário e a parar com atos de campanha política.
Apura-se, ainda, a possível utilização de recursos públicos
federais para o esquema de compra de votos, mediante desvio de valores de
entidade que presta serviço ao ente municipal, o que pode explicar a razão dos
altos valores ofertados aos eleitores cooptados.
Ao todo, cerca de 60 policiais federais deram cumprimento a
04 (quatro) Mandados de Prisão Temporária e 08 (oito) Mandados de Busca e
Apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, decorrentes
de representação elaborada pela Polícia Federal.
A investigação policial verificou fortes indícios de
cometimento dos delitos dos arts. 299 e 301 do Código Eleitoral (compra de
votos e intimidação de eleitores), além de outros crimes conexos: art. 158, §1º
do Código Penal (extorsão qualificada), art. 1º, inc. II do Dec. Lei 201/67
(Desvio de recursos públicos), art. 2º da 12.850/2013 (constituição de
Organização Criminosa), e art. 1º da Lei 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro).
O nome da Operação, CANGAÇO ELEITORAL, refere-se ao modo de
atuação do grupo, que, para a obtenção do fim desejado, além dos atos próprios
da “compra de votos”, se utilizou de um verdadeiro “vale-tudo”, intimidando e
ameaçando eleitores e candidato, inclusive ostentando armas.
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