Investigadores
 apontaram que blog Brasil 247 teria recebido R$ 120 mil relativo a 
propina destinada ao PT no esquema da Petrobrás
Estadão
 – O Ministério Público Federal pediu a prisão temporária do jornalista 
Leonardo Atuch, responsável pelo blog Brasil 247, e o bloqueio de R$ 120
 mil de contas ligadas a ele pelo recebimento de propinas dirigidas ao 
ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Em sua decisão relativa à 17ª fase da 
Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro concordou que houve 
pagamentos de propinas à Editora 247 mas entendeu ser “necessário um 
aprofundamento maior das investigações” e negou os 
pedidos.”Relativamente às medidas requeridas pelo MPF em relação a 
Editora 247 e Leonardo Attuch, apesar das provas, em cognição sumária, 
de pagamento a eles de valores decorrentes de acertos de propina no 
esquema criminoso da Petrobrás, entendo que é necessário que a apuração 
seja previamente aprofundada e em processo a parte, inviável no momento 
bloqueio e buscas e apreensões”, escreveu Moro, na decisão desta 
segunda-feira.
Segundo o MPF, a editora recebeu R$ 120 
mil entre setembro de dezembro de 2014 por intermédio da Jamp 
Engenheiros Associados, empresa de fachada do lobista Milton Pascowitch,
 “ocorrido como formas de conferir aparência de legalidade aos 
pagamentos de João Vaccari Neto”. Em sua delação premiada, Pascowitch 
afirmou que Vaccari pediu que fosse feita uma reunião com Leonardo Atuch
 para a simulação de um contrato de prestação de serviço.
Segundo Pascowitch, foram feitos 
pagamentos de R$ 120 mil e que “não houve qualquer serviço prestado pela
 Editora 247″. O lobista afirmou ainda que, na reunião, “ficou claro que
 não haveria qualquer prestação de serviço mas que era uma operação para
 dar legalidade ao ‘apoio’ que o Partido dos Trabalhadores dava ao blog 
mantido por Leonardo”. O montante supostamente pago à editora, ainda 
segundo o delator, seria “abatido” no valor que estava à disposição de 
Vaccari. O irmão de Milton, José Adolfo Pascowitch, confirmou tando os 
pagamentos para Editora 247 quanto a inexistência de prestação de 
serviço pela editora.
Ao Estado, o jornalista Leonardo Atuch 
confirmou que teve reunião com os irmãos Pascowitch, mas negou que tenha
 recebido dinheiro oriundo de propina da Lava Jato. Segundo Atuch, foi 
assinado um contrato “normal” entre a Editora 247 e a Jamp Engenheiros 
Associados que previa a produção de quatro reportagens “publieditoriais”
 que foram publicadas durante quatro meses no portal Brasil 247.
O dono da editora afirma, ainda, que 
Pascowitch se apresentou como representante insititucional da Engevix 
Engenharia, que teria interesse em defender, com os textos, a engenharia
 nacional.    Procurada pela reportagem, a Engevix não se manifestou até
 o momento.
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