Marrapá
Os novos desdobramentos da Operação Lava
 Jato voltam a colocar as famílias Sarney e Lobão no centro do maior 
escândalo de corrupção do Brasil.
Os peemedebistas José Sarney, Roseana 
Sarney, Edison Lobão e Lobão Filho começaram o ano com a Polícia 
Federal, Justiça Federal e Supremo Tribunal Federal (STF) grudados 
em seus calcanhares.
De segunda até hoje, os principais 
jornais e portais de notícias do país divulgaram novos detalhes da 
participação dos políticos da oligarquia no esquema de corrupção que 
saqueou bilhões dos cofres da Petrobras.
No início da semana, o site “O 
Antagonista” apontou o ex-presidente José Sarney um dos possíveis 
beneficiados com o montante de R$ 4 milhões em propina.
Em um trecho da delação à Polícia 
Federal, o delator conhecido como Ceará revelou que o doleiro Alberto 
Youssef propôs que ele trouxesse o valor ao Maranhão.
O entregador disse que recusou o 
serviço, mas perguntou ao doleiro quem seria o beneficiário. “Você acha 
que, no Maranhão, esse dinheiro é pra quem?”, respondeu, segundo Ceará.
Em seguida, foi a vez o suplente de 
senador, Edinho Lobão, ex-candidato da oligarquia ao governo do estado, 
ser acossado pela PF.
De acordo com investigadores da Lava 
Jato, Lobinho é suspeito de estar envolvido com esquema montado pelo 
pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, investigado 
pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e corrupção 
ativa e passiva.
Policiais federais apreenderam nos 
escritórios de Bumlai documentos que mencionam pagamentos ao 
peemedebista, além de oito notas promissórias de R$ 1 milhão cada, em 
nome do político maranhense.
Por meio de uma nota enviada ao blog, 
Edinho ainda tentou se explicar, mas acabou se complicando mais ainda. 
Disse que o negócio é nulo e, “por sorte do destino”, as referidas notas
 e contratos foram guardados, como prova de que a transação suspeita não
 chegou a ser realizada.
Na quinta-feira (07), o vazamento de um 
novo trecho da delação de Ceará colocou novamente a ex-governadora 
Roseana Sarney como possível beneficiada com a propina paga por Alberto 
Youssef, referente ao precatório de R$ 134 milhões em favor da 
UTC/Constran.
Segundo o novo delator, o doleiro lhe 
mostrou um rascunho indicando “fluxo de propina” dividido em vários 
níveis, um deles identificado pela palavra ‘Leão’ – suposta referência 
ao Palácio dos Leões.
O procurador-geral da República, Rodrigo
 Janot, mandou encaminhar cópia do depoimento à Polícia Civil do 
Maranhão para que o caso seja reaberto e devidamente apurado pelo 
Ministério Público do Estado.
A semana termina com a notícia que o STF autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Edison Lobão (PMDB).
O ex-ministro de Minas e Energia dos 
governos Lula e Dilma é investigado por suspeita de recebimento de 
propina durante as obras da usina Angra 3.
Se continuar neste ritmo, o japonês da 
Polícia Federal não demora a fazer uma “visitinha” a São Luís com o 
objetivo de recepcionar novos hóspedes na superintendência da 
instituição no estado.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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