| O ministro Luis Edson Fachin é o relator das ações do PC do B no Supremo (Foto: Joel Rodrigues/Frame/Estadão Conteúdo) | 
G1 - O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), 
decidiu na noite desta terça-feira (8) suspender a formação e a 
instalação da comissão especial que irá analisar o processo de 
impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Fachin
 determinou que os trabalhos sejam interrompidos até que o plenário do 
Supremo analise o caso, votação que está marcada para a próxima quarta (16).
 Segundo o magistrado, ele suspendeu todo o processo do impeachment para
 evitar novos atos que, posteriormente, possam ser invalidados pelo 
Supremo, inclusive prazos.
 A decisão liminar (provisória) de Fachin foi tomada no mesmo dia em que a Câmara
 elegeu, por 272 votos a 199, a chapa alternativa de deputados de 
oposição e dissidentes da base aliada para a comissão especial que vai 
analisar o prosseguimento do processo de afastamento da chefe do 
Executivo federal.
 Na tarde desta terça, ao concluir a votação que elegeu parte da comissão especial do impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
 (PMDB-RJ), convocou uma nova sessão para a tarde desta quarta-feira (9)
 para que os líderes dos partidos indiquem os outros 36 membros do 
colegiado. Com a decisão de Fachin, a nomeação desses outros deputados 
não deverá ocorrer.
 A decisão também impede os demais procedimentos previstos no processo: 
eleição de presidente e relator do pedido de impeachment, bem como 
abertura do prazo para Dilma apresentar sua defesa.
 A assessoria de imprensa do presidente da Câmara informou que Eduardo 
Cunha só irá se manifestar após ser formalmente comunicado da decisão da
 mais alta corte do país.
 O ministro do STF analisou pedido apresentado nesta terça-feira pelo PC
 do B, antes de a Câmara eleger a chapa oposicionista. Na ação judicial,
 o partido aliado questionou não apenas a possibilidade de deputados 
concorrerem às vagas sem indicação pelos líderes de seus partidos, mas 
também a votação secreta para escolha da chapa e a divisão da comissão 
por blocos, e não partidos.
 Ao analisar o pedido do PC do B, Edson Fachin considerou que a votação 
secreta – que impede a identificação da opção de cada parlamentar – não 
está prevista no regimento interno da Câmara e na Constituição.
 Assim, para evitar novos atos que, posteriormente, podem ser 
invalidados pelo Supremo, o ministro suspendeu todo o processo do 
impeachment, inclusive prazos. A decisão valerá até a quarta da semana 
que vem, dia 16, quando o STF se reunirá em plenário para decidir sobre 
outros questionamentos do PC do B sobre o caso.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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