Agência Estado, com edição do Marrapá
Segundo o relatório, Lula estaria 
preocupado com ‘assuntos do BNDES’. A PF não grampeou o ex-presidente. 
Os investigadores monitoravam os contatos do executivo, por isso a 
conversa foi gravada.
“Outro contato considerado relevante 
ocorreu em 15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o 
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram 
preocupação em relação aos assuntos do BNDES referindo-se também a um 
artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte 
sobre o tema. Alexandrino disse também que Emilio (Emilio Odebrecht) 
teria gostado da nota que o Instituto Lula ( … ” criado pelo 
ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o governo, para trabalhar 
pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a cooperação com os países
 africanos e promover a integração latino-americana, entre outros 
objetivos”) teria lançado depois da divulgação do laudo pericial acerca 
da contabilidade da empresa Camargo Corrêa, que teria doado três milhões
 de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado pagamentos a Lils 
Palestras Eventos e Publicidade LTDA na ordem de R$ 1,5 milhão no mesmo 
período”, assinalou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva, que 
integra a força-tarefa da Lava Jato.
O Banco Nacional do Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) é alvo de uma CPI no Congresso, que investiga
 suspeitas de empréstimos contrários ao interesse público feitos durante
 as gestões de Lula e da presidente Dilma Rousseff – 2003 a 2015.
Outro nome citado no relatório é de 
Marta Pacheco Kramer, executiva da Odebrecht. Segundo a PF, Alexandrino 
Alencar disse que Marta seria ligada ao Instituto Lula.
“O investigado também recebeu ligações 
de Marta Pacheco Kramer na data da deflagração da operação as 06:06 da 
manhã do dia 19 de junho de 2015. Curiosamente, Marta foi identificada 
pelo próprio Alexandrino como vinculada ao “Instituto Lula” o que restou
 consignado junto ao auto de arrecadação lavrado na residência do 
investigado acerca dos contatos telefônicos feitos pelo mesmo quando da 
chegada da equipe”, informou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva.
O Instituto Lula disse que não vai 
comentar a referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 
relatório da Polícia Federal. A entidade nega que Marta Pacheco Kramer 
tenha qualquer vínculo com o Instituto.
Abaixo a transcrição da conversa capturada pela Polícia Federal:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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